O Novo Karatê

Essa influência chinesase fez sentir no nome da arte Todê, que era escrita com os ideogramas para chinês e mão, portanto mãos chinesas. Esse ideograma original era associado à Dinastia Tang (618-907 d.C.), cuja influência e cultura se fez sentir em todo o Oriente, passando a ser sinônimo de chinês. Ideograma Tang, também pronunciado Kara, significa Chinês. Posteriormente esta nobre arte veio a ser denominada de Karatê (“mãos vazias”), e foi aprimorada em sua forma “mais atual” no Japão, especificamente na ilha de Okinawa, arquipélago de Ryu Kyu.

Origem do Karatê Shotokan O Karatê foi desenvolvido por mestres de três artes diferentes (Naha-te, Shuri- te e o Tomari-te), por conta disso existiam algumas divergências entre os mestres, de modo que foram criados “estilos diferentes”. No meio disso, um garoto chamado Gichin Funakoshi se interessou pela arte, e passou a estudar com dois mestres diferentes (Ankô Itosu e Ankô Asato). Cresceu treinando com ambos e, após se tornar professor de uma escola, começou a ensinar a arte (até então “secreta’) do Karatê. Em 1922, em uma demonstração de artes marciais, o primeiro-ministro do Japão pediu ao mestre Funakoshi que este mostrasse o Karatê de Okinawa ao resto do Japão. Após aceitar tal proposta, Funakoshi nunca mais retornou à Okinawa, mas conseguiu espalhar a arte, e assim nasceu o primeiro dojo, que recebeu o nome de Shotokan - por conta disso, a modalidade de Karatê desenvolvida por Funakoshi ficou conhecida como Shotokan. Após a morte de Gichin, seu filho Yoshitaka Funakoshi continuou e aperfeiçoou os ensinamentos de seu pai, incorporou e/ou modificou várias técnicas para atingir o seu objetivo, que era valorizar o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal.